quarta-feira, julho 26, 2006

PIC NIC DE 50 ANOS





terça-feira, julho 18, 2006

Finalmente Florianópolis


Enfim Florianópolis. Amanha, 19, volto ao trabalho. Florianópolis continua a mesma que deixei há 30 dias. Pessoas correndo na Beira-Mar, Aterro, o Morro do Cambirela do outro lado da baia poluida, os bondinhos, o morro da cruz............. bondinhos? Eu vou contar os últimos dias em Paris e a festa de aniversário mas agora não posso pois tenho que verificar uma coisa. Até amanhã.

sábado, julho 15, 2006

Finalmente Paris





Caros amigos e amigas,

Descupem não ter escrito antes mas realmente nao tive tempo. Estamos tendo muito trabalho com a preparação da festa de 50 anos meus e da Lelê o que incluem vários ensaios. Marcamos a festa para o dia 15, hoje, para não ofuscar a festa do dia 14 da Queda da Bastilha. Contarei aqui somente os dois últimos dias de Alemanha e o primeiro em Paris.

No domingo, 9, final na Copa, passei praticamente todo o dia no Tierpark. De manhã foi a festa do terceiro lugar da Alemanha com a participaçao dos atletas e da comissão tecnica. A noite a final que acabou dando a Italia.

Na segunda comecei o rito de despedida da Alemanha viajando de Berlim para Hamburgo. Hamburgo não estava nos meus planos de viagem e a única coisa que sabia da cidade é de que é o maior porto da Europa. Chegando imediatamente me livrei das malas, descobri como chegar ao aeroporto e fui procurar o porto. Nao achei mas descobri um enorme restaurante-barco dentro, do que me pareceu, um lago ou uma curva do rio. Quando sai do restaurante, a 1 hora, não tinha mais ônibus para o aeroporto e tive de pegar um taxi. Consegui dormir num banco até às 4 horas. O Võo, que deveria sair às 7h20m, saiu apenas às 9h. Cheguei na casa do Nestor e da Lelê e eles estavam indo para o aeroporto deixar os sobrinhos que estavam voltando para o Brasil. Sai sozinho para passeios pelo centro de Paris onde conheci a Torre, Sorbone, Parque Luxemburgo, o Rio Sena, onde andei de barco. Jantei scargot (uma castela um pouco mais mole), carpacio e sobremesa acompanhados de 1l (100cl) de vinho da casa (28 euros tudo). Levei uma garafa de Champagne para casa para comemorar a chegada. La encontrei a Patricia e a Maristela, advogadas que foram sócias minhas e da Lelê, que também estavam lá hospedadas. Tomamos a champaghe e apareceu uns vinhos. Conversamos bastante, o que eu não fazia há 28 dias, e fomos dormir. Tudo muito legal e muito tranquilo. Hoje a festa de aniversário no continente europeu e segunda, às 23 horas, eu viajo para Florianópolis. São estas as notícias. Beijos. Eu.

P.S. Existe uma versão de que a noite não terminou assim tão tranquila. Uma versão esquisita, toda enrrolada, meio Dali. Envolve pessoas falando sozinhas, voando de banheira, vizinhos batendo na porta reclamando do barulho, queimaçao de filme, moto serra. Eu não sei de nada. Se aconteceu tudo isto foi depois que eu fui dormir.
Agora fui mesmo. Beijos. Eu, novamente.

terça-feira, julho 11, 2006

Segunda almoço em Berlim

Terça almoço em Paris

segunda-feira, julho 10, 2006

No final deu Italia



No final acabou dando Italia que nem os italianos apostavam. Fez por merecer nos jogos contra a Alemanha e contra a Franca que foi superior aos fortes adversarios. Agora a Itália só enxerga o pentacampeão Brasil à sua frente em número de conquistas, ultrapassando a tricampeã Alemanha, os bicampeões Argentina e Uruguai, e França e Inglaterra, que ganharam uma Copa do Mundo cada uma.

A cena da cabecada do Zidane vai marcar a sua carreira tanto quando as suas jogadas maravilhosas. Uma pena.

Sociedade Esportiva Palmeiras - Porto da Lagoa -


Olympic Stadium, 09 de julho de 2006. Nao teve para Brasil, Alemanna, Argentina ou Portugual. Aqui so para Italia, Franca e a Sociedade Esportiva Palmeiras do Porto da Lagoa.
Moura Ferro, volante, capitao, batedor oficial de escanteio pelos dois lados, vice-presidente, advogado e embaixador na Copa 2006 do Palmerias do Porto da Lagoa

Domingo no Parque



Domingo, 9/11, dia da final da Copa. Logo pela manha inicia a movimentacao. Grupos de pessoas de todas as idades comecam a circular pelos metro e ruas. Todos com algum adereco com as cores da Alemanna. Bandeiras, cabelos coloridos, marcas nos rostos. Parecem formigas saindo da toca em nervosa carreira em direcao ao Tierpark, principal parque de Berlim bem no centro da cidade. Frente aos enormes e inumeros teloes dezenas de milhares de alemaes vibram a cada lance de gol, a cada dible, a cada defesa. Mas a final eh entre Franca e Italia e o jogo e so as 20 horas. Porque tanto vibram as 11 horas da manha os berlinenses? Estavam festejando a sua participacao na Copa. Passaram toda a manha vendo os melhores momentos das suas apresentacoes. Parecia que estavam vendo o jogo ao vivo tamanha vibracao. Ao meio dia e meio chegaram os jogares e a comissao tecnica. Delirio. Foram aclamados como herois. Fiquei emocionado. A poderosa Alemanna, tri-campeao mundial (54, 74 e 94), jogando em casa toda orgulhosa da conquista do terceiro lugar. Orgulhosa por ter visto os seus atletas lutando pelo resultado e superando com garra e determinacao as suas limitacaes. Nao venceram mais se sentem vencedores. Foi o que faltou ao Brasil: humildade, competencia, vibracao e garra. A Alemanna esta de parabens pela Copa que organizou e pela forma que jogou.

sexta-feira, julho 07, 2006

Luiza e Maria, Maria e Luiza


Aniversario eh dia de festa. Eh dia de festejar a vida. Luiza, Maria e todos que convivem com elas teem muitas razoes para festejar. Guerreiras e heroinas desde a concepcao e as lutas pela sobrevivencia. Fazem todos os dias, com suas brincadeiras e gargalhadas, homenagens a vida e as primeiras vitorias e todas aquelas que se seguiram. Parabens minhas filhas. Muitas saudades. (escrevo mais outro dia, hoje nao vai dar. Nao sem fazer um escandalo aqui em Berlim e prometi nao fazer isto para voces). Continuem a lutar e a vencer e, mesmo nas eventuais derrotas, continuem gargalhando e brincando. Sempre. Mesmo quando impossivel. Beijos. Amo voces.

quinta-feira, julho 06, 2006

Finalmente Berlim



Finalmente Berlim. Berlim onde Marx estudou e Engels serviu o exercito, ambos alemaes, e a polonesa Rosa morou, lutou e foi assassinada. Palco de lutas memoraveis da classe trabalhadora. Tambem de muitos erros e traicoes, muitos impulsionados por Stalin, citando aqui apenas o de impedir que o Partido Comunista Alemao participasse em Frente Unica com a Social-Democracia Alema contra o nascente e ainda fragil movimento nazista. Esta foi uma das razoes, talvez a principal, que permitiu o crescimento do movimento, fortalecimento e posterior tomada do poder. O fim da historia todos conhecemos.
Para chegar aqui foram 6 jogos que eu dei tudo de si e fiz por merecer. Agora participar da final e depois a comemoracao em Paris. Nao foi facil chegar. Note-se que, neste caso, estou me referindo apenas ao o trajeto de Köhn/Berlim. Sai de Köhn as 8h para Munique para acompanhar Franca e Portugual. Ja tinha estado na cidade para assistir Brasil e Australia. Desembarquei as 13h e as 16 nao aguentava mais andar de tanto passear pela cidade naquele calor de mais de 30 graus. Nao percebi nem 20% de movimentacao de pessoas que tinha no jogo do Brasil e Austrailia. Felizmente encontrei um bar bem bonito em uma construcao antiga e bastante acolhedor e com um enorme telao. O Jogo vai comecar as 21 h e minha pretensao eh viajar as 1h40m para Berlim. No final do jogo penso em voltar para a praca onde normalmente se concentram os torcedores para ver a festa da Franca mas percebo, ao levantar, que eh melhor deixar a festa para Paris e antecipar o meu embarque. Consigo um para 23h58m. Previsao de chegada para 7h10m. As estacoes centrais das cidades sao denominadas Hauptbahnhof. Os livros que o Kiria me emprestaram falavam que em Berlim a estacao central era chamada de Zoo Gardem. Esperei passar esta estacao e nada. Resultado: fui para em Hamburgo uns 30o km alem. Sao duas as estacoes centrais de Berlim e o meu trem nao passou pela Zoo Guardem.
Köhn fica mais ou menos no meio da Alemanha no extremo oeste e Munique fica a leste bem ao sul. De Munique a Berlim e Hamburgo o trajeto compreende passar do sul para norte do pais pelo lado leste. Nao foi facil realmente. Retorno ate Berlim e procuro imediatamente ir ate o aeroporto remarcar e confirmar a passagem para Paris. O metro daqui eh uma loucura. Um quantidade de linhas enorme que nao se cruzam quase nunca. Para passar de uma linha para outra tem que usar onibus. Imaginem quantas vezes em me perdi. Tudo bem para quem errou ate de cidade. Os alemaes sao muito gentis. As vezes nao eh necessario nem pedir ajuda. Eles percebem a necessidade e perguntam se podem ajudar. Resolvido no aeroporto, onde falei frances com os funcionarios da Air France, nao tao gentis, e estou de volta ao centro de Berlim para passeios. So mais tarde vou procurar o endereco do hotel. Nao estou preocupado em achar eu ja conheco a cidade e como funciona o metro e os onibibus.

segunda-feira, julho 03, 2006

Ferias, culpa e stress


No regime feudal nenhum trabalho era executado pelos nobres mesmo os de mero gerenciamento. Toda a produção era de responsabilidade dos escravos, servos e meeiros. O trabalho era considerado um castigo, uma atividades sacrificante nao destinada aos da classe dominante. A estes eram destinados o exercicio militar, os das artes, ciências e o ócio. Com o advento da revolução capitalista o trabalho não só virou o maior dos orgulhos como uma obrigação e a falta de trabalho (desemprego) passoa a ser punida, inclusive, com cadeia. O ócio passou de orgulho para vergonha, crime e pecado.

De tempos em tempos a imprensa publica que o maior industrial do pais, o Erminio de Moraes, trabalha das 5 as 23h, sem descanso, sem faltas, sem ficar doente e sem tirar férias há não sei quantos anos. Um exemplo a ser seguido. A mensagem é clara: nada de faltar ao serviço mesmo quando precisa levar o filho ao médico ou esta com problemas na escola, nada de não ir trabalhar mesmo quando doente e com dores, nada de cobrar horas extras, nada de preservar o descanso remunerado e o coníivio com a familia e amigos e, principalmente, nada de férias.

Sao enormes os exemplo dos trabalhadores, especialmente os mais simples, que vão trabalhar doente, além do medo de perder o emprego, por causa da vergonha de não poder trabalhar. Vergonha não só dos chefes mas tambem dos colegas que, pensa ele, vão sofrer e trabalhar mais na sua ausência, como se fosse o responsavel por esta situação. Mesmo os mais esclarecidos e politizados não estão livres de tais atitudes, pensamentos e de sentimentos de culpa. Quando o trabalhador anuncia a sua aposentadoria logo completa com a informação de que vai continuar trabalhando mesmo quando financeiramente nao éh mais necessario. A aposentadoria deixa de ser uma conquistado merecido descanso e ócio depois de anos de trabalho para se transformar em motivo de vergonha. Afinal o pensamento dominante é o pensamento da classe dominante (K.M.).

Um ano, ou mais, de probelmas no trabalho, na familia, na politica, na vida e esta na hora de tirar férias. Férias para passar um mês, 30 longos e adoráveis dias, de descanso, repouso, relaxamento. O mais profundo ócio. Sera mesmo? Para começar o patrão que passou o ano inteiro afirmando que és quase uma figura decorativa no trabalho e que te mantem no emprego por favor, não por necessidade, milagrosamente transforma-te, instaneamente, em insubstituível. Teus colegas já te olham de lado te culpando pelo trabalho a mais que vai sobrar para eles. Cansado do trabalho agora tambem tens para carregar a vergonha e culpa de almejares férias. Quando finalmente consegues marca-las achas que os problemas estão superados. Se resolveres ficar na propria casa, vais ficar tentando fazer tudo o que nao conseguistes fazer durante todo o ano. Telhado vazando. O assoalho por trocar. Barulhinho no carro. Visita ao médico. Grama alta. O telefone não para com as questões do trabalho. A vida cotidiana não permite o relaxamento real. Estudos de sindicadores de trabalhadores alemães estimam em 17 dias o tempo mínimo necessário de repouso para iniciar a se desligar da rotina e dos problemas do trabalho.

Então resolves viajar e abandonar todos os problemas. Investes dinheiro e tempo para ir para longe da rotina e do stress. Viajas para longe onde o telefone não toca e nao podes consertar o carro ou reparar o telhado. Vais conhecer cidades, museus, pessoas, mares e rios, montanhas e planices. Tudo ótimo. E o descanso? Não vais dormir mais horas? Nao vais ler os livros que desejas? Beber, comer e frequentar os bares que almejas mesmo quando forem os mesmo? Não. Tu nao investistes tanto tempo e dinheiro, viajastes tanto para ficar ai dormindo ou sentado e bebendo no mesmo bar. Onde fica a produção? É, onde fica a produção de férias? Precisas mudar todo o dia a programação para conheceres coisas diferentes e experimentar coisas diferentes. Te levanta dai. Vai fazer alguma coisa útil. Afinal por onde tu andastes? quem conhecestes? quem vistes? que experiências novas vivenciastes? quem conhecestes? com quem transastes? investistes tanto dinheiro para ficar ai dormindo? descansando? Viajou tanto e gastou tanto dinheiro para ficar ai neste despresivel e vergonhoso ócio? Stress e culpa. Hoje é meu décimo-sétimo dias de férias. Amanhã eu abandono estas duas malas ruins.

Segunda-Feira em Köhn


Segunda-feira cedo vou caminhar por areas do centro de Köhn ainda inexploradas. Por onde caminhei nao se percebe muita diferenca das outras areas e, na verdade, nao defire tambem do centro das outras cidades que passei nestes ultimos dias (Munique, Nuremberg, Koblens, Remagem e Bonn). Faltam sensibilidade e cultura para perceber as sutis diferencas. Sao imensos calcadoes perfeitos com continuas carreiras de cadeiras e mesas dos cafés e bares. Construcoes medievais conservadas ou reconstruidas. Tudo muito bonito. Tem tambem a presenca unipresente do Reno.
Agora internet para ler o correio e os jornais, acertar as providencias da continuidade da viagem com o Ricardo Ie, o agente de viagem, e com o Renato Henrique, incentivador, tradutor e interprete, responsavel pelas reservas dos hoteis e de cuidar das minhas contas em Florianopolis e, ainda, patrocinador. Depois almoco com chopp. A ignorancia da lingua nao permite a leitura, cinema e teatro. Caminhei durante 5 (cinco) horas. Das 8 as 13hs. Das 3 as 8h pelo horario do Brasil. Eh interessante, distrai, aprende-se, relaxa e mantem a forma arduarmente conquista mas ja esta enchendo o saco.
Hoje eh vespera do jogo de Alemanha e Italia pela semi-finais e a Copa sumiu das ruas de Köhn. Sumiram as camisas e bandeiras da Alemanha. Os alemaes voltaram ao trabalho segunda descaracterizados de torcedores.Tambem as dos outros paises sumiram. Nem se fale as do Brasil. Ontem, domingo, o unico que desfilou, sem amarelar, com a amarelinha fui eu. Novos turistas apareceram principalmente da quarta idade e, aparentemente, nao vieram por causa da Copa. Amanha a Copa volta e quarta retorno a Munique para ver Franca e Portugual acompanhado da Lele e do Nestor. Vou ter com quem conversar e beber. Legal.

domingo, julho 02, 2006

Preciso da ajuda dos amigos


Completamente arrassado com a saida do Brasil da Copa fiquei bebendo chopp as margens do Reno nesta manha ensolarada de domingo em Köhn e uma duvida me assaltou (aqui so as duvidas assaltam). E agora? o que eu devo fazer? devo torcer pela Alemanha e festejar em Berlim ou torcer pela Franca e festejar em Paris? Por favor me ajudem nao sei o que fazer.